quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Percepção

Percepção


Percepção em sua forma comum e simples de conceituar significa ter consciência de algo por meio da inteligência e dos sentidos. Percepção extrassensorial (PES) – expressão criada pelo cientista Joseph Banks Rhine (1895 – 1980) – refere-se à capacidade de compreender além dos sentidos e da ação mental corriqueira. Em geral, a percepção extrassensorial é considerada sinônimo  de impressão paranormal ou intuição.
Para JB Rine, a percepção extrassensorial está fundamentada na teoria de que a mente humana desempenha funções tais como: a percepção comum e corriqueira dos sentidos físicos no meio externo; a função das percepções internas do indivíduo, e a função “Psi”, que é responsável pela produção de fenômenos denominados paranormais ou extranormais (incomuns).
A função “Psi”, portanto, é classificada em dois tipos, de acordo com os efeitos produzidos: os fenômenos “Psi gama” ou de efeitos inteligentes (telepatia, clarividência, presságios, etc.); e os fenômenos “Psi Kapa” ou de efeitos físicos (levitação, telecinesia, teleplastia).
Dessa maneira, quanto aos tipos de percepção, denominadas por Rhine de ‘Psi Gama’ e de ‘Psi Kapa’, a Codificação Espírita os classificam em Mediúnicos e Anímicos. Allan Kardec subdividiu os processos mediúnicos em duas grandes categorias, viabilizados por médiuns de efeitos físicos e de efeitos intelectuais, assim conceituados:
Médiuns de efeitos físicos – os que têm o Don de provocar efeitos materiais ou manifestações ostensivas.
Médiuns de efeitos intelectuais – os que são mais aptos a receber e a transmitir comunicações inteligentes.
Assim sendo, se procurarmos representar graficamente os conjuntos de fenômenos do psiquismo poderemos ter:


Sendo que a categoria do conjunto 1 e 2 (A) é a faixa de percepções comuns, limítrofe ou fronteiriça com a faixa de percepção extrassensorial. Percepções que saem da faixa dos fenômenos comuns (cinco sentidos) são fáceis de deduzir, que há percepção extrassensorial. Não é ainda extrassensorial, por bem dizer. Nessa faixa, englobaremos a simples transmissão do pensamento (intuição e inspiração), vários fenômenos relacionados à memória, etc.
Nas categorias do conjunto 2 e 3 (B), representará no esquema os fenômenos mistos – aqueles que se verificam tanto fatos de ordem anímica como espirítica a um tempo. Bozzano nos diz “todo o fenômeno anímico pode ser encarado como espírita em circunstâncias especiais”.

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Referências bibliográficas: “Espiritismo e Psiquismo” de Alberto de Souza Rocha, cap. 22 ‘Fenômenos do sono e Percepção sensorial Extraordinária’; Mediunidade: Estudo e Prática, Programa II – Módulo II, tema 3;

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