Percepção
Percepção em sua forma comum e simples de conceituar
significa ter consciência de algo por meio da inteligência e dos sentidos.
Percepção extrassensorial (PES) – expressão criada pelo cientista Joseph Banks
Rhine (1895 – 1980) – refere-se à capacidade de compreender além dos sentidos e
da ação mental corriqueira. Em geral, a percepção extrassensorial é considerada
sinônimo de impressão paranormal ou
intuição.
Para JB Rine, a percepção extrassensorial está
fundamentada na teoria de que a mente humana desempenha funções tais como: a
percepção comum e corriqueira dos sentidos físicos no meio externo; a função
das percepções internas do indivíduo, e a função “Psi”, que é responsável pela
produção de fenômenos denominados paranormais ou extranormais (incomuns).
A função “Psi”, portanto, é classificada em dois
tipos, de acordo com os efeitos produzidos: os fenômenos “Psi gama” ou de
efeitos inteligentes (telepatia, clarividência, presságios, etc.); e os
fenômenos “Psi Kapa” ou de efeitos físicos (levitação, telecinesia, teleplastia).
Dessa maneira, quanto aos tipos de percepção,
denominadas por Rhine de ‘Psi Gama’ e de ‘Psi Kapa’, a Codificação Espírita os
classificam em Mediúnicos e Anímicos. Allan Kardec subdividiu os processos
mediúnicos em duas grandes categorias, viabilizados por médiuns de efeitos
físicos e de efeitos intelectuais, assim conceituados:
Médiuns de efeitos físicos – os que têm o Don de provocar efeitos materiais ou
manifestações ostensivas.
Médiuns de efeitos intelectuais – os que são mais aptos a receber e a transmitir
comunicações inteligentes.
Assim sendo, se procurarmos representar graficamente
os conjuntos de fenômenos do psiquismo poderemos ter:
Sendo que a categoria do conjunto 1 e 2 (A) é a faixa
de percepções comuns, limítrofe ou fronteiriça com a faixa de percepção
extrassensorial. Percepções que saem da faixa dos fenômenos comuns (cinco
sentidos) são fáceis de deduzir, que há percepção extrassensorial. Não é ainda
extrassensorial, por bem dizer. Nessa faixa, englobaremos a simples transmissão
do pensamento (intuição e inspiração), vários fenômenos relacionados à memória,
etc.
Nas categorias do conjunto 2 e 3 (B), representará no
esquema os fenômenos mistos – aqueles que se verificam tanto fatos de ordem
anímica como espirítica a um tempo. Bozzano nos diz “todo o fenômeno anímico
pode ser encarado como espírita em circunstâncias especiais”.
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Referências bibliográficas:
“Espiritismo e Psiquismo” de Alberto de Souza Rocha, cap. 22 ‘Fenômenos do sono
e Percepção sensorial Extraordinária’; Mediunidade: Estudo e Prática, Programa
II – Módulo II, tema 3;
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