segunda-feira, 27 de julho de 2020

Desdobramento em Serviço


NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE

CAP. 11 – DESDOBRAMENTO EM SERVIÇO
Personagens
1.     Áulus – Espírito orientador de André Luiz no plano espiritual;
2.     André Luiz – Espírito que ditou a obra intermédio de Chico Chavier;
3.     Hilário – Espírito aprendiz companheiro de André Luiz;
4.     Clementino – Espírito dirigente responsável pela reunião mediúnica;
5.     Antônio de Castro – Médium(encarnado);
6.     Oliveira – Companheiro desencarnado daquele grupo mediúnico.

Os Temas abordados nesse capítulo são:


1.     Concentração;
2.     Passe magnético;
3.     Duplo Etérico;
4.     Ectoplasma;
5.     Perispírito;
6.     Desdobramento (exteriorização do perispírito);
7.     Cordão de Prata;
8.     Vestuário dos Espíritos;
9.     Volitação (volição);
10.  Oração do grupo;
11.  Comunicação dos Espíritos à distância.

      O estudo abaixo não se refere a todos os temas descritos, abordarei apenas alguns temas dos parágrafos a seguir.


"Antonio Castro recebeu passes do benfeitor e se desligou do corpo, logo André Luiz notou que apareceu uma forma agigantada.
Clementino então voltou a aplicar passes no médium voltou para o corpo, e ao sair novamente saiu com sua aparência normal."

Na operação magnética em Castro, Clementino transferiu energias fluídicas a ele, fazendo com que se afrouxe os campos (laços) magnéticos que prendiam os três corpos, ou seja, Corpo físico, Duplo etérico e perispírito, possibilitando a exteriorização e afastamento dos dois duplos – perispírito e corpo vital do corpo físico.
E assim, afrouxados os laços que prendem os três corpos, ocorreu simultaneamente a exteriorização dos dois corpos fluídicos, sendo que os dois levando consigo o ectoplasma.
Ou seja,
Castro tem facilidade de desdobramento consciente. O que ocorreu primeiramente foi a exteriorização das energias vitais (ou ectoplasma), que pertence ao campo físico, que não podem se afastar demasiadamente do corpo, porque esses fluidos vitais ( contida no duplo etérico) fazem a ligação com o corpo e o perispírito; e o corpo vital que mantém a vida e a saúde do corpo.
Então, foi preciso ele retornar ao corpo para devolver essas energias vitais. Isso aconteceu devido à pouca experiência do médium, mas os benfeitores estavam ali garantindo a integridade orgânica do médium.
O assistente informou que para se ajustar melhor ao ambiente espiritual, o médium devolvera aquelas energias ao corpo, devolvendo o calor, aquelas energias que era imprescindível ao seu organismo, que garantem a manutenção das células físicas. Ele precisava também de leveza, carregando energias vitais no plano espiritual, ele se tornaria menos ágil e livre, o embaraçava para o trabalho junto dos benfeitores.
Isso quer dizer, que o perispírito e o duplo etérico carregavam ectoplasma. Assim sendo, no perispírito do encarnado circulava certa quantidade, e quanto ao do duplo etérico, ele próprio é o principal responsável pela elaboração do ectoplasma.
Quando houve o afastamento dos dois duplos, notou-se um prolongamento vaporoso (ectoplasmático) formando um cordão, que é conhecido como cordão de prata, este mantém os dois duplos ligados. Porém, o duplo etérico já é por si mesmo um ele de ligação entre os dois corpos e, o cordão astral é apenas prolongamento dele, que se apresenta em circunstância como no desdobramento espiritual.
Perispírito e o duplo etérico quando foram exteriorizados deram a ideia de um fantasma devido ao ectoplasma que estava presente. Inicialmente surgiram como duas nuvens, e quando se fundiram produziram uma estranha cópia do médium; apresentou uma configuração exterior azulada a direita, que correspondia ao corpo espiritual, e alaranjada a esquerda que correspondia ao corpo vital.
Quando o médium tentou movimentar-se devido à grande quantidade de ectoplasma nos duplos, que saíram unidos, tornou o perispírito denso, pesado, impróprio para exercer atividade programada. Então, Clementino repeti a operação magnética e os duplos se justapõe ao corpo físico, sendo que o corpo vital retorna ao corpo físico do médium.
Era preciso que o corpo vital retornasse para garantir a integridade biológica do corpo físico, pois este não suportaria por muito tempo o afastamento simultâneo dos dois duplos sem graves consequências para a saúde do médium.
Recebeu então nova aplicação de passe pelo benfeitor facilitando a reunião dos duplos ao corpo físico. E assim, exterioriza apenas o perispírito do médium, mas dessa vez livre do ectoplasma, pois o duplo voltou acoplar ao corpo físico. Depois disso podia deslocar-se agilmente, mas ligado pelo prolongamento vaporoso ou cordão de prata.
Há duas categorias de exteriorização dos duplos:
1º.   DUPLOS EXTERIORIZADOS EM DOIS ESTÁGIOS – Ocorre quando exteriorizado o duplo etérico e o perispírito simultaneamente. Essas pessoas podem ser doadoras de ectoplasma, pois tendem a liberar facilmente, e produzem em maior quantidade. Pode até ocorrer fenômenos de efeitos físicos nessa circunstância, dependendo da quantidade de ectoplasma e de outros fatores.
2º.   DUPLO EXTERIORIZADO EM UM SÓ ESTÁGIO – Ocorre a projeção apenas do perispírito. Neste caso não é liberado ectoplasma, portanto, não há possiblidade de fenômenos físicos. (Espírito, Perispírito e Alma, Hernani Guimarães, página 147)
No caso de Castro ocorreu a exteriorização em dois estágios oferecendo um certo risco para ele, pois foi uma exteriorização inadequada para a atividade da reunião.
Segundo “Espírito, Perispírito e Alma”, de Hernani Guimarães:
“o desdobramento costuma ocorrer também com o corpo vital. Neste caso há abundante emissão de ectoplasma. O duplo vital consegue manter-se algum tempo, não muito longo, separado do soma. Desde que o corpo astral permaneça ligado ao corpo físico. Os moribundos em estado muito grave conseguem, às vezes, soltar o corpo vital, momentos antes de expirar, produzindo grande quantidade de ectoplasma. Nesta ocasião, o corpo astral, ou o vital, chega a absorver boa parte desse ectoplasma e projeta-se a certa distância fazendo-se visível a determinada pessoa. Em tais condições, devido à incorporação de grande quantidade de ectoplasma, o duplo tem alguma ação sobre os objetos materiais, dando sinais sensíveis de sua presença, por meio de ruídos, movimento de utensílios, parada de pêndulos de relógio etc. São os chamados avisos da morte.”
O desdobramento do médium foi feito com o auxílio do dirigente espiritual. No início o perispírito estava carregado de ectoplasma, substância pertencente ao organismo.
Esse é um caso de desdobramento feito com a intervenção de mentores espirituais da tarefa. Entretanto, há várias informações (literatura vastíssima) referentes a desdobramentos que se operam devido a vontade da pessoa. (Ver: Projeção da Consciência, de Waldo Wieira)
Pode ocorrer muitos tipos de desdobramentos, naturais, forçado como por entidades obsessoras, induzidos por hipnose, assistidos e induzidos por benfeitores.
Em caso de médiuns, há alguns que necessitam de auxílio magnético para desdobrar; outros, já não precisam, desprendem-se facilmente com espontaneidade.
Continuando no parágrafo:
“(...)se algum pesquisador humano ferisse o espaço em que se situa a organização perispirítica do nosso amigo, registraria ele, de imediato, a dor do golpe que se lhe desfechasse, queixando-se disso, através da língua física, porque, não obstante liberto do vaso somático, prossegue em comunhão com ele, por intermédio do laço fluídico de ligação.”
Naquele momento em que Castro estava afastado do corpo e, aqueles fluidos ectoplasmático se exteriorizaram, no exato local onde se encontrava o perispírito, o médium poderia registrar a dor como a de um golpe.
Isso porque essas energias são energias nervosas (ectoplasma), que pertencem ao corpo físico e ao duplo etérico, são fluidos materializados. E mesmo longe do corpo ele sentiria porque o perispírito estava envolvido com essas energias ou ectoplasma.
Outro fator importante, ele prosseguia preso ao cordão de prata, o indicativo do corpo espiritual estar ligado ao corpo físico e, que é a ponte de transmissão das energias.   E, a nossa sensibilidade se dá através da energia nervosa. É o que os pesquisadores Albert de Rochas e Sergio Lombroso chamava de exteriorização da sensibilidade.
Nos casos de exteriorização do perispírito e duplo-etérico, como dissemos, o corpo físico permanece completamente insensível (não sente dor). Enquanto durar o distanciamento dos dois corpos espirituais do corpo orgânico, seja ela natural, como nos casos de sonambulismo e desdobramento espontâneo, seja artificial, como sob atuação hipnótica ou de anestésico, pode-se retalhar o organismo e nenhum sinal exterior de sensibilidade ele apresenta.
Mas, cessada a ação, cessa o efeito, a sensibilidade volta novamente e o paciente acusa as dores provocadas pelos experimentadores.
É que a sede de todas as sensações e percepções, muito longe de se encontrar no corpo, tem seu lugar no perispírito, organismo psíquico que resiste à ação da morte e se mantém indestrutível às modificações físico-químicas.
Segundo comentários de Herculano Pires a respeito do livro “Exteriorização da Sensibilidade” do pesquisador Albert de Rochas, a exteriorização da sensibilidade (os duplos) e da motricidade pode efetuar-se por processo magnético, ou por processo natural, bem como por autossugestão.
O passe magnético assim como a hipnose e o transe mediúnico são situações que também podem afastar o perispírito e o duplo etérico (parcialmente).

QUE É ECTOPLASMA
Conceito O ectoplasma é um tipo de fluido ou energia nervosa, que circula no corpo humano através do sistema nervoso, e em determinadas circunstâncias ele pode ser exteriorizado pelos orifícios do corpo físico. E é uma substância amorfa (sem forma), vaporosa, com tendência a solidificação, sendo visível e tomando forma por influência da manipulação dos espíritos.
Segundo os pesquisadores que contribuíram nas pesquisas, trata-se de protoplasma (substância que constitui o interior da célula animal ou vegetal e que envolve o núcleo, matéria viva e ativa) gelatinoso, inicialmente amorfo (sem forma), que sai do corpo do médium e toma forma mais tarde segundo a vontade dos espíritos (Charles Richet).
Ainda segundo as pesquisas, trata-se de um processo bioquímico que se processa na união do organismo humano e no duplo etérico. E, para haver a exteriorização do ectoplasma, o primeiro passo é o distanciamento dos corpos – corpo físico do duplo etérico e corpo espiritual.
Ele foi analisado na época das materializações por vários pesquisadores dos quais destacamos as seguintes conclusões:
Dr. Dombrowsky (Varsóvia) - "O ectoplasma está constituído de matéria albuminoide, acompanhado de gordura e de células tipicamente orgânicas. Não foram encontrados amiláceos e açúcares".
Dr. Francês (Munich) - "Substância constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de gordura".
Dr. Albert Scherenk-Notzing citado por Charles Richet - " Trata-se de uma substância albuminoide unida a um corpo gorduroso e com células análogas as que se encontram no corpo humano. Particularmente é notável é o grande número de leucócitos. (1926)"
Ele tem sido identificado como substância que é liberado em determinadas condições. Os Espíritos não produzem ectoplasma, apenas os encarnados. E para ele ser manipulado precisam da conivência consciente ou inconsciente do encarnado que fornece o ectoplasma. E, nem todos encarnados possuem quantidade suficiente para uma materialização, cada indivíduo vem com uma quantidade suficiente para sua existência na Terra durante ‘x’ anos. Se não fosse assim, o fenômeno de materialização dos espíritos ocorreria com frequência, e eles então passariam a participar diretamente do mundo dos encarnados.
Como é produzido no ser humano – ele tem origem dos fluidos vitais que é captado pelos chacras, pelos alimentos, líquidos, ar que respiramos, através do sol etc.
Aparência e forma do Ectoplasma – se trata de uma substância que sai dos orifícios do corpo humano em estado gasoso ou nebuloso. Sua cor pode ser acinzentada, branca, amarelada, malhada ou escura.
Estado – percorre todos os estados: invisível, visível, gasoso, plasmático, tangível, amorfo, floculoso, filamentoso, sólido e estruturado, leitoso, filamentoso, líquido, viscoso, úmido, frio etc. Sua consistência é às vezes semilíquida, podendo formar massas e porções amorfas e coaguladas.
Pode também assumir a forma de véus membranosos quando o ectoplasma se torna visível, tangível, mais material podendo ser tocado, é quando é manipulado pelos Espíritos.
Sensação tátil – O Ectoplasma oferece certa resistência ao tato, comparável à clara de ovo. E quando à sua temperatura, parenta um pouco inferior à do ambiente.
Característica – mais notável é o fato de ser dócil ao comando mental. Quando em estado organizado, o ectoplasma é sensível à ação da luz comum, porém pode suportar bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz visível, aos níveis do vermelho e infravermelho.
Constituição – em sua constituição, pelo alto teor de energias que carrega consigo, outros elementos orgânicos das próprias células ou mesmo substâncias arrecadadas na Natureza, em especificas reações químicas, às expensas de equipes espirituais que participem do processo.
O ectoplasma é uma substância delicada que se produz entre o perispírito e o corpo físico, interligando o plano físico com o espiritual.
Isso nos permite deduzir que os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular são captados por meio dos chacras gástrico e esplênico, transformando-se em ectoplasma no interior do duplo etérico. Poderíamos chamar isso de "metabolismo do ectoplasma". Mas é bom lembrar: nas materializações ou nos fenômenos de efeitos físicos, não se usa diretamente o ectoplasma humano que exala do médium. É preciso combiná-la com outros dois tipos de fluidos (espirituais e da natureza) para obtermos o ectoplasma elaborado.
Localização – O ectoplasma seria substância originária no protoplasma* das usinas celulares. Está situado entre a corpo físico e o duplo etéreo, pode ser comparado à genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos, que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, à vontade do médium, que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica.
 Região de emissão – varia, mas, na maioria dos casos, o ectoplasma é liberado através dos principais orifícios do corpo do médium: boca, nariz, ouvidos etc., bem como os poros da pele.
Outros tipos de ectoplasma – se ele está relacionado com a matéria, ele deve também existir em outros seres vivos como nas plantas e animais. Mas, não deve ser igual em termos de complexidade como o dos seres humanos.
O ectoplasma não humano não é suficiente e nem adequado para a realização de fenômenos físicos e de materialização. Se fosse assim, haveria interferência direta dos desencarnados no mundo dos encarnados.
Existe a proposta de Hernani Guimarães da existência dos seguintes tipos de ectoplasma:
o   Ectomineroplasma: originário dos minerais;
o   Ectofitoplasma: extraído dos vegetais;
o   Ectozooplasma: produzido pelos animais, inclusive o home.
Em função da existência de tipos de ectoplasma, mineral, vegetal e animal, haverá qualidades diferentes de ectoplasma.
 O Ectoplasma mineral é o mais simples. O produzido pelas plantas, que se alimentam principalmente de material inorgânicos, ele se apresenta de modo relativamente mais complexo. O produzido pelos animais, que se alimentam de produtos minerais, vegetais e de outros animais, ele deve adquirir uma maior complexidade.
 Cordão de Prata – Na ocasião do desdobramento, a substância vital é liberada pelo cordão prateado refluindo do corpo vital. O cordão prateado pertence ao duplo etérico. Alguns médiuns relatam sua saída do ‘plexo solar’, outros da testa ou da raiz da nuca, diz-se, que depende da moral do Espírito encarnado.
Nos casos em que o duplo etérico se afasta do corpo, o cordão permite apenas alguns centímetros a metros de extensão no máximo. Mas, já com o perispírito, ele rompe os limites do corpo vital e libera-se para viagens mais longas, e o ectoplasma então retorna ao corpo via “cordão prateado”.
“(...) Observei atentamente o médium projetado ao nosso círculo de trabalho. Não envergava o costume azul e cinza de que se vestia no recinto, mas sim um roupão esbranquiçado e inteiriço que descia dos ombros até o solo, ocultando-lhe os pés, e dentro do qual se movia, deslizante.”
Antonio Castro não envergava o vestuário azul e cinza, ou seja, seu perispírito não exteriorizou com a roupa que estava, mas sim com uma roupa longa esbranquiçada ocultando os pés.
O que não podemos esquecer para compreender, é que plasmar minúcias consome muito ectoplasma do médium, e muitas das vezes, o médium não disporá, ou apenas pelo fato de não haver necessidade. Os objetos formados pelos espíritos estão subordinados à sua vontade ou sua necessidade. Mas, no caso, apenas faz referência a pouca experiência mental e plasmadora do médium.
Fato curioso, é que no desdobramento do sono é comum o encarnado desdobrar com a cópia de suas roupas, porém, é um ato instintivo, que ele nem percebe acontecer.
O que acontece é que o pensamento é uma força magnética que faz sofrer modificações nos fluidos, ou seja, ele modela eles a sua vontade. Assim, com a força inconsciente de seu pensamento, ele modela suas roupas com seus próprios fluidos e com o que capta do ambiente, como disse, instintivamente.
Um caso descrito na Revista Espírita de março de 1869 explicando como ocorre a produção de roupas ou de objetos por parte dos Espíritos:
“O Espírito do jovem apresentou-se em casa de sua mãe com o corpo fluídico. (...) Bastou-lhe pensar em sua roupa habitual, na que teria usado em circunstâncias comuns, para que esse pensamento produzisse ao seu perispírito as aparências dessa mesma roupa.”
“(...) As formas exteriores que revestem os Espíritos que se tornam visíveis são, pois, verdadeiras criações fluídicas, muitas vezes inconscientes. A roupa, os sinais particulares, os ferimentos, os defeitos físicos, os objetos que usa, são o reflexo de seu próprio pensamento no envoltório perispiritual.”
 “(...) Nosso irmão, com a ajuda de Clementino, está usando as forças ectoplásmicas que lhe são próprias, acrescidas com os recursos de cooperação do ambiente em que nos achamos (...).”
Esses fluidos são geralmente associados a outros como dos próprios companheiros da reunião ou do reino vegetal.
Nas materializações ou nos fenômenos de efeitos físicos, não se usa diretamente o ectoplasma humano que exala do médium, é preciso combiná-la com outros tipos de fluidos (espirituais e da natureza) para obtermos o ectoplasma elaborado para formação da matéria como nossos sentidos a percebem.
Essa menção feita pelo mentor, acerca de estar “acrescida”, nos faz entender a existência de outros tipos de ectoplasma além do originado pelo homem.
 “(...)Semelhantes energias transudam(saem) de nossa alma, conforme a densidade específica de nossa própria organização, (...)”
Quando o mentor faz referência “(...) conforme a densidade específica de nossa própria organização, variando desde a sublime fluidez da irradiação luminescente (...)”, ele está se referindo aos fluidos em geral que forma o corpo espiritual. Pois, a matéria do perispírito é segundo sua moral. Mais etérea, fluida e luminescente à medida que é moralmente elevado. Pois, segundo dizem os mentores da codificação, Espíritos puros não utilizam corpos fluídicos, pois eles não conservam nada das coisas terrenas, pra eles não tem utilidade.
Os espíritos ignorantes, inferiores e medianos, necessitam do seu corpo fluídico para sua jornada evolutiva, então ela se apresenta mais grosseira e sem viço nos espíritos ainda inferior e instintivo.
“(...) variando desde a sublime fluidez da irradiação luminescente até a substância pastosa com que se operam nas crisálidas os variados fenômenos de metamorfose(...)”
O mentor fez uma comparação entre nossa capacidade de exteriorizar o ectoplasma com as das lagartas. O fenômeno é o mesmo, mas nos animais está num nível muito primitivo. No ser humano é mais complexo, e atinge uma sublimidade que é diferente do reino animal.
Aqui vale fazer uma consideração da qualidade do ectoplasma quando somos tarefeiros. No livro desobsessão fala para reduzir carne, temperos picantes, álcool, porque esses elementos se incorporam em nossa fisiologia, em nossas energias ectoplásmicas que doamos nas reuniões mediúnicas, no passe, essa energia nervosa trará as impurezas dos nossos hábitos.
O fator qualidade é muito importante, ou melhor, é determinante a qualidade dos fluidos que iremos doar. Então ajudamos e somos bons instrumentos quando eliminamos certos hábitos alimentares, emocionais, mentais, que se imprime aos fluidos.
“(...) Castro é ainda um iniciante no serviço. Á medida que entesoure experiência, manejará possibilidades mentais avançadas, assumindo os aspectos que deseje,”
Castro estava em desdobramento consciente e é um médium iniciante, que teria que conquistar maior autocontrole para aprender administrar suas capacidades. Ele não tinha a capacidade de modelagem dos fluidos, ou seja, como inexperiente ele não sabe manejar o grande potencial mental no desdobramento. Porque ele desconhece em si e nem sabe que é possível; com o tempo, exercício e experiências ele vai saber, vai se descobrindo aos poucos.
“(...) considerando que o perispírito é constituído de elementos maleáveis, obedecendo ao comando do pensamento, seja nascido de nossa própria imaginação ou da imaginação de inteligências mais vigorosas que a nossa, mormente quando a nossa vontade se rende, irrefletida, à dominação de Espíritos tirânicos ou viciosos, encastelados na sombra.”
Tendo o pensamento a capacidade de moldar nossas vestes mesmo intuitivamente, também esse potencial pode ser utilizado pelos espíritos obsessores, se utilizando de nossos fluidos, de nossa própria capacidade de modelagem, através da hipnose ou sugestão mental, para nos enganar fazendo com que criemos imagens mentais, formas pensamentos, até a transformação do corpo espiritual.
Diz Kardec: “Basta ao Espírito  pensar  numa  coisa  para  que  tal coisa  se  produza”. Desta forma, tomando conhecimento de tal verdade, devemos fazer bom uso dos nossos pensamentos, pois eles são movimentados por energias cósmicas, fluidos etéreos, que, embora invisíveis aos nossos olhos, estão presentes onde as nossas forças físicas jamais  chegariam. Nosso pensamento é um raio  que  tanto  pode conduzir luz edificante como energias deletérias ou destruidoras.


Bibliografia:
1.      Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 11, André Luiz;
2.      Espírito, Perispírito e Alma, Hernani Guimarães Andrade;
3.      Um ‘fluido vital’ chamado ectoplasma, de Mathieu Tubino;
4.      Medicina da Alma, por Robson Pinheiro/Joseph Gleber;
5.      Perispírito – O que os espíritos disseram a respeito, de Geziel Andrade.

As Cinco Fases do Transe

As Cinco
FASES DO TRANSE


MÉTODO DAS 5 FASES DO TRANSE PARA O DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

O objetivo do método é formar médiuns conscientes do que se passa com eles para se tornarem capazes de agir com segurança e competência em qualquer circunstância. Devendo-se, então, auxiliar na sua eclosão, orientá-las, ampliá-las, educá-las, etc., envolvendo providências e ações de natureza intelectual, moral e técnica.
De acordo com Edgard Armond não se deve forçar a eclosão de faculdades, porque isto depende de amadurecimento espontâneo e oportuno, e o que se procura é canalizar a corrente, discipliná-la para que haja mais harmonia no curso, afastar obstáculos para que flua com mais desembaraço e rapidez.
Quando faltam tais cuidados observamos médiuns obsidiados, fracassados, estagnados.
Assim, ele criou o método de desenvolvimento prático de faculdades mediúnicas (PACEM), observando que não existia nenhum sistema metódico e de caráter didático que, na realidade, resolvesse as inúmeras dificuldades e sutilezas que tal problema apresenta, dos pontos de vistas técnico e operacional.
O método das cinco fases é utilizado a muitos anos pela Federação Espírita de São Paulo e preenche todas as necessidades do desenvolvimento.
As 5 fases do desenvolvimento mediúnico são compostas e divididas da seguinte maneira:
1ª Fase - Percepção de fluidos: acionamento dos pontos de sensibilidade dos participantes, através de jatos de fluidos que o Espírito encarregado dessa fase projeta no ambiente;
2ª Fase - Aproximação: percepção da aproximação dos Espíritos e reações provocadas nos pontos sensíveis;
3ª Fase - Contato: interpenetração dos respectivos perispíritos do médium e do Espírito, com atuação nos centros de força e plexos;
4ª Fase - Envolvimento: alterações na mente e no organismo físico do médium, propiciando reconhecer a natureza do comunicante. Também é possível determinar o grau de consciência do médium durante o transe;
5ª Fase - Manifestação: comunicação propriamente dita do Espírito, através do médium.

1ª fase - Percepção de fluidos
Nesta fase os instrutores espirituais projetam jatos de fluidos sobre o médium provocando sensações físicas.  Os jatos fluídicos são lançados a princípio sobre o ambiente.
Este é o primeiro passo para estimular a capacidade de "sentir fluidos", avaliando-lhes e permitindo ao médium determinar no seu próprio organismo os "pontos de sensibilidade", segundo a categoria vibratória, entre o fino e o denso, o leve e o pesado, entre o excitante e o sedativo.
Os tipos de fluidos empregados nesta fase estão de acordo com a média da percepção dos presentes. São fluidos mais densos e penetrantes para despertar a sensibilidade dos iniciantes no campo da mediunidade. Se a sensibilidade for muito baixa, utilizarão fluidos mais densos para que a atuação seja eficiente e se possa definir a possível mediunidade.
Os objetivos para essa projeção fluídica pelos mentores são:
a)     Visa a reeducação da sensibilidade para o trabalho.
b)     Definição das mediunidades.
c)     Para que o médium aprenda a se defender de vibrações maléficas lançadas à distância.
Quando o jato de fluidos lançados sobre o ambiente é percebido pelo candidato a médium, é porque:
• Agiu nos pontos certos;
• Fez a projeção de fluidos de acordo com o grau de sensibilidade.
Aqueles que sentem as vibrações do plano espiritual são sensíveis, podendo variar sua sensibilidade em maior ou menor grau.
Quando não se sente a projeção de fluidos:
Se nada sente com a projeção fluídica, é porque não possui mediunidade em condições de ser desenvolvida, ou, a sensibilidade poderá estar embotada por três fatores:
1º.     Físico: há bloqueios por motivo de vícios como do fumo, álcool, gula, sexo desajustado, drogas ou outros.
2º.     Mental: de acordo com o seu sentir e pensar como: medo, dúvidas, ansiedade ou insegurança etc.
3º.     Espiritual: decorre do envolvimento espiritual e o médium pode ficar com seu campo físico e mental sem qualquer reação à projeção dos fluidos.

Para aqueles médiuns que apresentem algum bloqueio, e para que possam perceber os fluidos, deve ele refletir, procurar as causas e trabalhar para eliminá-las.
Muitos tem sensibilidade, mas dentro de uma determinada escala, que pode ser mínima, que o torna sensível, mas não num ponto que a sua sensibilidade venha a desenvolver faculdades mediúnicas.

Percepção de Fluidos
Estamos mergulhados em uma atmosfera fluídica que deriva do FCU.  Nós absorvemos esses fluídos ou energias que são automaticamente metabolizadas dando-lhes características particulares. Nossa mente forma uma atmosfera psíquica moldados pelos nossos pensamentos. Cada um de nós vive nessa atmosfera psíquica que cria e recebe na proporção exata do que tenha semeado.
Essa ação se subordina à Lei de Afinidade segundo à qual os semelhantes se atraem, os contrários se repudiam.

Tipos de Fluidos
Há três campos de fluidos distintos que devem ser considerados, a saber:
1.     campos de fluidos pesados (baixo teor vibratório);
2.     campos de fluidos finos (grande teor vibratório);
3.     campos de fluidos purificados (alto teor vibratório dinâmico e potencial).
Campos de Fluidos Pesados
Nos mundos inferiores como a Terra, esse tipo de fluido é o mais ativo e movimentado. Isso porque o ser humano de pouca evolução possui um metabolismo espiritual de baixa condição:
×         perispírito denso, escurecido por condensado fluídicos altamente negativos;
×         atividade mental restrita e rudimentar, com grande margem para a produção inconsciente e instintiva;
×         corpo etéreo espesso, com predominância de coloração cinza, vermelho-escuro etc.;
×         chacras quase sem brilho, com atividade reduzida no coronário e no cardíaco, que são ligações com o Plano Espiritual Superior.
Essa descrição revela indivíduos de vibrações baixas, fluidos inferiores, elementos nada favoráveis a si mesmos e aos seus semelhantes.
As emissões transferidas ou irradiadas por seres nessas condições íntimas e, quando transferidas a outros, produzirão efeitos também correspondentes: pesados, angustiosos, violentos, opressivos, constringentes, e suas vibrações íntimas, da mesma forma, serão de baixo teor e qualidade.
Naturalmente entre seres de condição inferior, as permutas recíprocas e normais, são de fluidos e vibrações inferiores.
Campos de Fluidos Finos
Esse tipo de fluido é emitido por entidades de maior elevação moral, já libertadas das reencarnações nos planos baixos. São seres de atividade consciente e início da superconsciente; perispírito em colorações positivas: amarelo, rosa, azul, verde.
As emissões fluídicas dessas entidades são benéficas: calmantes, confortantes, curadores; vibrações poderosas, dinâmicas, vitalizadoras.
Esse tipo de fluido penetra facilmente nos ambientes baixos, produzindo alterações benéficas nos corpos orgânicos, conquanto atuem rigorosamente dentro das limitações cármicas.
Campos de Fluidos Purificados
Esses fluidos são próprios de Espíritos superiores e de ocorrência muito mais restrita; somente em circunstâncias especiais e por critério dos agentes de hierarquia maior, é que ocorrem.
Esses fluidos não encontram resistência na matéria densa e produzem nela alterações anatômicas ou fisiológicas que forem necessárias, ainda mesmo havendo impedimentos cármicos que, em alguns casos, mesmo não arredando ou infringindo a lei, podem ser efetivados.
Jesus operou curas dessa espécie, e outros missionários que habitam a Terra em diferentes épocas também o fizeram. Elas independem de intermediários humanos, porque as entidades superiores têm, em si mesmas, poderes suficientes e ampla liberdade para agir como for mais conveniente.
2ª Fase – Aproximação

Nessa fase, não há atuação direta do guia sobre o participante. Ele simplesmente se aproxima e o participante esforça-se para reconhecê-lo pelas suas características fluídicas.
Na vida diária inúmeros encarnados e desencarnados aproximam-se de médiuns: amigos, inimigos, conhecidos, desconhecidos, sofredores, obsessores, credores, mistificadores etc.
O exercício dessa capacidade dotará o médium de recursos eficientes para, nas relações humanas fora do centro, evitar a influência de pessoas negativas, hostis, que possam absorver-lhe fluidos vitais importantes.
Somente se fazem presentes os espíritos destinados a cooperar, pois o Plano Espiritual regula e disciplina estas aproximações.
O Instrutor Espiritual que na primeira fase lançava sobre o médium um jato de fluido, para verificar e medir sua sensibilidade, agora dele se aproxima para fazer-se sentido.
Para afinar a percepção, o guia pode movimentar-se ao redor do médium, como coloca-se à frente, às costas, caminha de um lado ao outro. Durante a condução dos exercícios, os colaboradores da sala também não devem circular pelo ambiente, para que os participantes não se confundam com os movimentos e as emanações dos encarnados.
Essa fase é mais difícil que a primeira, porque o guia não exerce nenhuma ação direta sobre o médium, mas cabe-lhe o esforço de reconhecê-lo fluidicamente, pela irradiação natural. Portanto, o guia mediúnico não tocará no médium, nem lhe passará orientações ou conselhos mentalmente e, muito menos, haverá comunicações.
O objetivo desta fase é aumentar a capacidade de defesa própria às aproximações maléficas que determinarão influenciações doentias e que absorvem fluidos vitais preciosos.
Os médiuns experientes e acostumados a dar passividade que estiverem presentes na sala devem se limitar aos exercícios da fase, a fim de aguçarem o autocontrole.
Os comentários devem ser reservados para o momento final do encontro, com breves descansos entre um exercício e outro.
A pessoa pode sentir nessa fase sensações físicas e de intensidade diferente para cada um. As sensações mais frequentes são:
• Perfume;
• Calor;
• Luzes, clarões;
• Sombra;
• Movimentação ao redor;
• Forte presença.

3ª Fase - Contato

O contato é a fase em que o guia mediúnico atua mais diretamente sobre o médium, estabelecendo-se entre eles uma interpenetração áurica ou contato com o perispírito do médium de forma a serem realmente sentidos, agindo indiretamente sobre os Centros de Forças (*) ou diretamente sobre os Plexos (**) do corpo denso ou nos seus Pontos de Sensibilidade (***).
Quando solicitado pelo dirigente encarnado, o guia mediúnico promove uma ligação áurica com o médium, fazendo-se perceber com maior intensidade.
Nesta fase, o médium vai adquirir autocontrole pelo conhecimento deste processo que lhe permite defender-se na vida diária. Os Operadores Espirituais estabeleceram contato:
1) Nos pontos de sensibilidade já estudados por eles, com mais intensidade.
2) Nos centros de força — indiretamente sobre os centros de força, localizados no perispírito - causando uma impressão momentânea de estar entrando em transe;
3) Nos plexos (corpo físico) o médium poderá sentir repuxamentos, tremores, na área enervada pelos nervos referentes àquele plexo.

(*) Centros de Força: são receptores e transmissores de energia cósmica e espiritual (estações energéticas), alimentadoras do metabolismo perispiritual e distribuidoras dessas energias vindas do centro — ESPÍRITO, COMO DA PERIFERIA — CORPO FÍSICO, uma vez que o perispírito é o elo de ligação entre essas zonas energéticas. No homem comum os centros de força se apresentam como um círculo de mais ou menos 5 cm de diâmetro, quase sem brilho. No homem espiritual é luminoso e refulgente. Outros nomes: rodas energéticas, chacras. Na encarnação, ligam-se aos plexos do corpo.
(**) Plexos são conjuntos e aglomerados de nervos do sistema nervoso vago-simpático, regulador da vida vegetativa do corpo físico.
(***) Pontos de Sensibilidade: são locais do corpo físico onde o médium tem maior sensibilidade. Ex.: cabeça, mãos, braços.
Na fase do envolvimento, os sintomas ocorrem no campo mental. Alguns sintomas físicos do contato ficam mais bem caracterizados e revelam o tipo de mediunidade, como psicofonia, psicografia, etc. 
O médium tanto pode perceber que os sintomas já conhecidos tornam-se mais acentuados, como identificar novas sensações.
Essa fase é mais fácil de ser percebida, porque não há necessidade de se esforçar para atrair o guia e sentir as impressões. O guia mediúnico age diretamente sobre o médium.
Quando tiver dúvidas, o médium pode pedir uma confirmação mental. Ao solicitá-la, o guia fará com que a sensação aumente, ou promoverá descargas fluídicas que repercutirão em outros sintomas mais nítidos, dando-lhe maior certeza sobre o que sente. Se não obtiver resposta, poderá concluir que era fruto de seu próprio subconsciente, porque este não tem possibilidades de projetar ondas ou raios fluídicos.
Ainda não há Espíritos selecionados para a comunicação, porque a atuação espiritual sobre o perispírito do médium ainda é superficial e nem atingiu o seu campo mental.
No contato, as sensações ainda são físicas, a pessoa pode sentir sensações mais intensas e nítidas que nas fases anteriores. As mais frequentes são:
• Impressões visuais não nítidas ou desfocadas, contornos;
• Dilatação da audição, estampido no ouvido, sensação no alto da cabeça;
• Formigamento ou choques nos braços, correndo dos ombros até as mãos;
• Bolo na garganta;
• Vazio no estômago;
• Impressão de expelir algo;
• Crescimento ou inchaço do corpo, causado pela expansão perispiritual, fenômeno conhecido como ballonnement;
• Distanciamento do corpo;
• Toques.

4ª Fase - Envolvimento

O Instrutor Espiritual por si mesmo ou através de uma terceira entidade poderá assenhorear-se primeiramente da mente do médium envolvendo em seguida, caso possível, o seu perispírito ativando o centro de força coronário, o que lhe intensifica os sintomas presentes desde a fase do contato. Por exemplo: certa pressão na garganta, região do centro de força laríngeo, evolui para uma alteração do aparelho fonador, com certo adormecimento da língua e dos lábios.
Quanto mais intenso e integral for o envolvimento, maior será o grau de inconsciência do transe. É nessa fase que se configura o grau de consciência cerebral, conforme a maior ou menor exteriorização de seu perispírito: consciente, semiconsciente ou inconsciente.
Nos casos de mediunidade consciente ou semiconsciente (também) o envolvimento é mental que pode ser feito em presença ou à distância. Nestes casos a ação dos agentes espirituais é mais rápida, mais imediata e mais fácil, podendo prontamente transmitir mensagens, instruções de trabalho, advertências, inspirações, atitudes a tomar em casos urgentes etc.
Um dos obstáculos que o médium coloca é o bloqueio mental e/ou sentimental (medo, insegurança, dúvida etc.), que levam a não perceber ou sentir o envolvimento.
Ao sentir envolvimento através da mente ou ideias tem facilidade para a telepatia; pelo perispírito, mediunidade psicofônica, psicografia que poderá ser mecânica ou semi-mecânica, pois o Espírito usará a fonação, braços ou mãos dos médiuns.
O controle do médium depende da intenção do Espírito. Se há propósitos elevados, o médium pode permitir maior liberdade ao comunicante, usufruindo da mensagem (caso de mensagens dos benfeitores). Se os propósitos são suspeitos como carregados de raiva, revolta, cobranças, desafios ou demonstração de poder, o médium ficará em constante alerta para cercear-lhe a ação, contendo seus impulsos e vocabulário.
O médium irá conseguir identificar a natureza do comunicante por meio de seu campo mental pelas sensações provocadas pelo contato com a mente do espírito (mente a mente), para assim exercer controle sobre a comunicação.
Na fase do envolvimento é possível evitar uma comunicação quando não for conveniente. Desconhecedores desse fato, médiuns em desequilíbrio e sem educação mediúnica deixam-se facilmente envolver por assédios espirituais em qualquer hora ou lugar, muitas vezes fora do centro espírita.
O médium não perde o controle, nem da razão, nem do corpo. O exercício persistente e cuidadoso através das fases é que desenvolve o autocontrole. A atuação espiritual é limitada, temporária e somente ocorre sob determinadas condições vibratórias e fluídicas. O médium é sempre responsável pela boa ordem do desempenho mediúnico, mesmo na forma inconsciente.
É a partir da fase do envolvimento que é possível identificar quem tem mediunidade ostensiva e quem a possui de forma generalizada. Pois, mesmo revelando alguns sintomas físicos nas fases anteriores, várias pessoas não evoluem para a interferência mental.
As sensações mais frequentes são:
• Distanciamento do corpo;
• Pulsação e respiração aceleradas;
• Interferência mental, com desligamento do centro de volição individual (vontade);
• Súbita alteração de vontade, prevalecendo um pensamento diferente;
• Percepção mental da situação do Espírito, suas sensações, sentimentos ou emoções;
• Sobreposição da vibração perispiritual do Espírito, adequando-se à do médium e estabelecendo uma sintonia com todo o seu organismo.
Alguns participantes, mesmo assíduos, dedicados e entusiasmados, não acusam sintomas ou evolução nos exercícios, o que é perfeitamente compreensível. Longe de ser esta uma deficiência ou desvantagem, os não médiuns são de grande utilidade nas reuniões mediúnicas, como parte da sustentação, como esclarecedor ou dirigente, quando para elas preparados.
Se o participante não sente nada, manter a concentração e prestar atenção em tudo ao seu redor, para que a sustentação do ambiente não diminua. Como importante elemento de sustentação, deve manter-se ativo e vibrando pelos médiuns, pelos colaboradores encarnados, pelos Espíritos presentes. A sua atenção deve limitar-se à sala, sem desviar o pensamento para assuntos externos, distrair-se com barulhos ou ansiar que a hora passe rápido para se desincumbir da reunião. Mesmo não sentindo nada, os pensamentos e sentimentos emitidos influem no ambiente. É nisso que consiste a educação dos médiuns generalizados.


5ª FASE – MANIFESTAÇÃO
Com a manifestação do guia mediúnico, completam-se as fases do transe mediúnico, mas não o programa do treinamento proposto pelo método. Esta fase só deve ser efetivada após o treinamento intenso das quatro anteriores, detendo-se nela maior período, porque no início pode haver interferências do subconsciente do médium e de suas emoções.  

Para ocorrer a manifestação é necessária a presença do:
1) Espírito desencarnado (entidade): emissor da mensagem.
2) Espírito encarnado (médium): receptor da mensagem.

Dá-se a chamada sintonia afinada: o primeiro emite pensamento em direção ao segundo (vontade-apelo) solicitando a comunicação; o segundo emite seu pensamento em direção ao primeiro, aceitando a comunicação (vontade-resposta) André Luiz – Mecanismos da Mediunidade — Cap.VI; a união dessas correntes mentais chama-se Circuito Mediúnico. O
 Instrutor que tem maior elevação moral que o médium abaixa um pouco seu padrão vibratório, porém o médium também precisa elevar o seu, a fim de alcançar o do mentor. Nos casos de entidades com padrão inferior ao médium não é o médium que abaixa seu padrão, pois isso ele nunca deve fazê-lo, mas sim os Benfeitores Espirituais que elevam o padrão das entidades para alcançarem o do médium para a comunicação se realizar. Convém lembrar que o médium pode causar bloqueios à comunicação através de sentimentos como: medo, insegurança, falta de fé, falta de preparo adequado, falta de confiança, invigilância etc. A Reforma Íntima e o Estudo da mediunidade evitam os bloqueios e fortalecem os médiuns.
CIRCUITO MEDIÚNICO
O circuito mediúnico se estabelece do Espírito para o médium e do médium para o Espírito através da sintonia e por afinidade, projetando o Espírito seus pensamentos em forma de ondas magnéticas, sonoras e coloridas. As ideias em forma de ondulações são recebidas pelo médium, interpretadas, ampliadas, trabalhadas e retransmitidas através do cérebro físico, sistema nervoso, órgão da palavra (comunicação oral), braço e mão (comunicação escrita).
A união das correntes mentais chama-se Circuito Mediúnico. Ex.: a lâmpada acionando o interruptor acende-se porque a fiação que leva a corrente elétrica está em perfeito estado. Na mediunidade o perfeito estado caracteriza-se pela vontade das duas partes. Se houver um fio partido a lâmpada não acenderá. Se não houver o estabelecimento do Circuito Mediúnico a comunicação não acontecerá. O médium, em seu perfeito estado físico e moral, através da vontade, poderá receber comunicações: do Plano Espiritual e também de Espíritos de encarnados em desdobramento.

Bibliografia:
1.     Desenvolvimento Mediúnico, Edgard Armond;

2.     Orientação Mediúnica, Therezinha de Oliveira e Teddy Nilson.