segunda-feira, 27 de julho de 2020

Desdobramento em Serviço


NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE

CAP. 11 – DESDOBRAMENTO EM SERVIÇO
Personagens
1.     Áulus – Espírito orientador de André Luiz no plano espiritual;
2.     André Luiz – Espírito que ditou a obra intermédio de Chico Chavier;
3.     Hilário – Espírito aprendiz companheiro de André Luiz;
4.     Clementino – Espírito dirigente responsável pela reunião mediúnica;
5.     Antônio de Castro – Médium(encarnado);
6.     Oliveira – Companheiro desencarnado daquele grupo mediúnico.

Os Temas abordados nesse capítulo são:


1.     Concentração;
2.     Passe magnético;
3.     Duplo Etérico;
4.     Ectoplasma;
5.     Perispírito;
6.     Desdobramento (exteriorização do perispírito);
7.     Cordão de Prata;
8.     Vestuário dos Espíritos;
9.     Volitação (volição);
10.  Oração do grupo;
11.  Comunicação dos Espíritos à distância.

      O estudo abaixo não se refere a todos os temas descritos, abordarei apenas alguns temas dos parágrafos a seguir.


"Antonio Castro recebeu passes do benfeitor e se desligou do corpo, logo André Luiz notou que apareceu uma forma agigantada.
Clementino então voltou a aplicar passes no médium voltou para o corpo, e ao sair novamente saiu com sua aparência normal."

Na operação magnética em Castro, Clementino transferiu energias fluídicas a ele, fazendo com que se afrouxe os campos (laços) magnéticos que prendiam os três corpos, ou seja, Corpo físico, Duplo etérico e perispírito, possibilitando a exteriorização e afastamento dos dois duplos – perispírito e corpo vital do corpo físico.
E assim, afrouxados os laços que prendem os três corpos, ocorreu simultaneamente a exteriorização dos dois corpos fluídicos, sendo que os dois levando consigo o ectoplasma.
Ou seja,
Castro tem facilidade de desdobramento consciente. O que ocorreu primeiramente foi a exteriorização das energias vitais (ou ectoplasma), que pertence ao campo físico, que não podem se afastar demasiadamente do corpo, porque esses fluidos vitais ( contida no duplo etérico) fazem a ligação com o corpo e o perispírito; e o corpo vital que mantém a vida e a saúde do corpo.
Então, foi preciso ele retornar ao corpo para devolver essas energias vitais. Isso aconteceu devido à pouca experiência do médium, mas os benfeitores estavam ali garantindo a integridade orgânica do médium.
O assistente informou que para se ajustar melhor ao ambiente espiritual, o médium devolvera aquelas energias ao corpo, devolvendo o calor, aquelas energias que era imprescindível ao seu organismo, que garantem a manutenção das células físicas. Ele precisava também de leveza, carregando energias vitais no plano espiritual, ele se tornaria menos ágil e livre, o embaraçava para o trabalho junto dos benfeitores.
Isso quer dizer, que o perispírito e o duplo etérico carregavam ectoplasma. Assim sendo, no perispírito do encarnado circulava certa quantidade, e quanto ao do duplo etérico, ele próprio é o principal responsável pela elaboração do ectoplasma.
Quando houve o afastamento dos dois duplos, notou-se um prolongamento vaporoso (ectoplasmático) formando um cordão, que é conhecido como cordão de prata, este mantém os dois duplos ligados. Porém, o duplo etérico já é por si mesmo um ele de ligação entre os dois corpos e, o cordão astral é apenas prolongamento dele, que se apresenta em circunstância como no desdobramento espiritual.
Perispírito e o duplo etérico quando foram exteriorizados deram a ideia de um fantasma devido ao ectoplasma que estava presente. Inicialmente surgiram como duas nuvens, e quando se fundiram produziram uma estranha cópia do médium; apresentou uma configuração exterior azulada a direita, que correspondia ao corpo espiritual, e alaranjada a esquerda que correspondia ao corpo vital.
Quando o médium tentou movimentar-se devido à grande quantidade de ectoplasma nos duplos, que saíram unidos, tornou o perispírito denso, pesado, impróprio para exercer atividade programada. Então, Clementino repeti a operação magnética e os duplos se justapõe ao corpo físico, sendo que o corpo vital retorna ao corpo físico do médium.
Era preciso que o corpo vital retornasse para garantir a integridade biológica do corpo físico, pois este não suportaria por muito tempo o afastamento simultâneo dos dois duplos sem graves consequências para a saúde do médium.
Recebeu então nova aplicação de passe pelo benfeitor facilitando a reunião dos duplos ao corpo físico. E assim, exterioriza apenas o perispírito do médium, mas dessa vez livre do ectoplasma, pois o duplo voltou acoplar ao corpo físico. Depois disso podia deslocar-se agilmente, mas ligado pelo prolongamento vaporoso ou cordão de prata.
Há duas categorias de exteriorização dos duplos:
1º.   DUPLOS EXTERIORIZADOS EM DOIS ESTÁGIOS – Ocorre quando exteriorizado o duplo etérico e o perispírito simultaneamente. Essas pessoas podem ser doadoras de ectoplasma, pois tendem a liberar facilmente, e produzem em maior quantidade. Pode até ocorrer fenômenos de efeitos físicos nessa circunstância, dependendo da quantidade de ectoplasma e de outros fatores.
2º.   DUPLO EXTERIORIZADO EM UM SÓ ESTÁGIO – Ocorre a projeção apenas do perispírito. Neste caso não é liberado ectoplasma, portanto, não há possiblidade de fenômenos físicos. (Espírito, Perispírito e Alma, Hernani Guimarães, página 147)
No caso de Castro ocorreu a exteriorização em dois estágios oferecendo um certo risco para ele, pois foi uma exteriorização inadequada para a atividade da reunião.
Segundo “Espírito, Perispírito e Alma”, de Hernani Guimarães:
“o desdobramento costuma ocorrer também com o corpo vital. Neste caso há abundante emissão de ectoplasma. O duplo vital consegue manter-se algum tempo, não muito longo, separado do soma. Desde que o corpo astral permaneça ligado ao corpo físico. Os moribundos em estado muito grave conseguem, às vezes, soltar o corpo vital, momentos antes de expirar, produzindo grande quantidade de ectoplasma. Nesta ocasião, o corpo astral, ou o vital, chega a absorver boa parte desse ectoplasma e projeta-se a certa distância fazendo-se visível a determinada pessoa. Em tais condições, devido à incorporação de grande quantidade de ectoplasma, o duplo tem alguma ação sobre os objetos materiais, dando sinais sensíveis de sua presença, por meio de ruídos, movimento de utensílios, parada de pêndulos de relógio etc. São os chamados avisos da morte.”
O desdobramento do médium foi feito com o auxílio do dirigente espiritual. No início o perispírito estava carregado de ectoplasma, substância pertencente ao organismo.
Esse é um caso de desdobramento feito com a intervenção de mentores espirituais da tarefa. Entretanto, há várias informações (literatura vastíssima) referentes a desdobramentos que se operam devido a vontade da pessoa. (Ver: Projeção da Consciência, de Waldo Wieira)
Pode ocorrer muitos tipos de desdobramentos, naturais, forçado como por entidades obsessoras, induzidos por hipnose, assistidos e induzidos por benfeitores.
Em caso de médiuns, há alguns que necessitam de auxílio magnético para desdobrar; outros, já não precisam, desprendem-se facilmente com espontaneidade.
Continuando no parágrafo:
“(...)se algum pesquisador humano ferisse o espaço em que se situa a organização perispirítica do nosso amigo, registraria ele, de imediato, a dor do golpe que se lhe desfechasse, queixando-se disso, através da língua física, porque, não obstante liberto do vaso somático, prossegue em comunhão com ele, por intermédio do laço fluídico de ligação.”
Naquele momento em que Castro estava afastado do corpo e, aqueles fluidos ectoplasmático se exteriorizaram, no exato local onde se encontrava o perispírito, o médium poderia registrar a dor como a de um golpe.
Isso porque essas energias são energias nervosas (ectoplasma), que pertencem ao corpo físico e ao duplo etérico, são fluidos materializados. E mesmo longe do corpo ele sentiria porque o perispírito estava envolvido com essas energias ou ectoplasma.
Outro fator importante, ele prosseguia preso ao cordão de prata, o indicativo do corpo espiritual estar ligado ao corpo físico e, que é a ponte de transmissão das energias.   E, a nossa sensibilidade se dá através da energia nervosa. É o que os pesquisadores Albert de Rochas e Sergio Lombroso chamava de exteriorização da sensibilidade.
Nos casos de exteriorização do perispírito e duplo-etérico, como dissemos, o corpo físico permanece completamente insensível (não sente dor). Enquanto durar o distanciamento dos dois corpos espirituais do corpo orgânico, seja ela natural, como nos casos de sonambulismo e desdobramento espontâneo, seja artificial, como sob atuação hipnótica ou de anestésico, pode-se retalhar o organismo e nenhum sinal exterior de sensibilidade ele apresenta.
Mas, cessada a ação, cessa o efeito, a sensibilidade volta novamente e o paciente acusa as dores provocadas pelos experimentadores.
É que a sede de todas as sensações e percepções, muito longe de se encontrar no corpo, tem seu lugar no perispírito, organismo psíquico que resiste à ação da morte e se mantém indestrutível às modificações físico-químicas.
Segundo comentários de Herculano Pires a respeito do livro “Exteriorização da Sensibilidade” do pesquisador Albert de Rochas, a exteriorização da sensibilidade (os duplos) e da motricidade pode efetuar-se por processo magnético, ou por processo natural, bem como por autossugestão.
O passe magnético assim como a hipnose e o transe mediúnico são situações que também podem afastar o perispírito e o duplo etérico (parcialmente).

QUE É ECTOPLASMA
Conceito O ectoplasma é um tipo de fluido ou energia nervosa, que circula no corpo humano através do sistema nervoso, e em determinadas circunstâncias ele pode ser exteriorizado pelos orifícios do corpo físico. E é uma substância amorfa (sem forma), vaporosa, com tendência a solidificação, sendo visível e tomando forma por influência da manipulação dos espíritos.
Segundo os pesquisadores que contribuíram nas pesquisas, trata-se de protoplasma (substância que constitui o interior da célula animal ou vegetal e que envolve o núcleo, matéria viva e ativa) gelatinoso, inicialmente amorfo (sem forma), que sai do corpo do médium e toma forma mais tarde segundo a vontade dos espíritos (Charles Richet).
Ainda segundo as pesquisas, trata-se de um processo bioquímico que se processa na união do organismo humano e no duplo etérico. E, para haver a exteriorização do ectoplasma, o primeiro passo é o distanciamento dos corpos – corpo físico do duplo etérico e corpo espiritual.
Ele foi analisado na época das materializações por vários pesquisadores dos quais destacamos as seguintes conclusões:
Dr. Dombrowsky (Varsóvia) - "O ectoplasma está constituído de matéria albuminoide, acompanhado de gordura e de células tipicamente orgânicas. Não foram encontrados amiláceos e açúcares".
Dr. Francês (Munich) - "Substância constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de gordura".
Dr. Albert Scherenk-Notzing citado por Charles Richet - " Trata-se de uma substância albuminoide unida a um corpo gorduroso e com células análogas as que se encontram no corpo humano. Particularmente é notável é o grande número de leucócitos. (1926)"
Ele tem sido identificado como substância que é liberado em determinadas condições. Os Espíritos não produzem ectoplasma, apenas os encarnados. E para ele ser manipulado precisam da conivência consciente ou inconsciente do encarnado que fornece o ectoplasma. E, nem todos encarnados possuem quantidade suficiente para uma materialização, cada indivíduo vem com uma quantidade suficiente para sua existência na Terra durante ‘x’ anos. Se não fosse assim, o fenômeno de materialização dos espíritos ocorreria com frequência, e eles então passariam a participar diretamente do mundo dos encarnados.
Como é produzido no ser humano – ele tem origem dos fluidos vitais que é captado pelos chacras, pelos alimentos, líquidos, ar que respiramos, através do sol etc.
Aparência e forma do Ectoplasma – se trata de uma substância que sai dos orifícios do corpo humano em estado gasoso ou nebuloso. Sua cor pode ser acinzentada, branca, amarelada, malhada ou escura.
Estado – percorre todos os estados: invisível, visível, gasoso, plasmático, tangível, amorfo, floculoso, filamentoso, sólido e estruturado, leitoso, filamentoso, líquido, viscoso, úmido, frio etc. Sua consistência é às vezes semilíquida, podendo formar massas e porções amorfas e coaguladas.
Pode também assumir a forma de véus membranosos quando o ectoplasma se torna visível, tangível, mais material podendo ser tocado, é quando é manipulado pelos Espíritos.
Sensação tátil – O Ectoplasma oferece certa resistência ao tato, comparável à clara de ovo. E quando à sua temperatura, parenta um pouco inferior à do ambiente.
Característica – mais notável é o fato de ser dócil ao comando mental. Quando em estado organizado, o ectoplasma é sensível à ação da luz comum, porém pode suportar bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz visível, aos níveis do vermelho e infravermelho.
Constituição – em sua constituição, pelo alto teor de energias que carrega consigo, outros elementos orgânicos das próprias células ou mesmo substâncias arrecadadas na Natureza, em especificas reações químicas, às expensas de equipes espirituais que participem do processo.
O ectoplasma é uma substância delicada que se produz entre o perispírito e o corpo físico, interligando o plano físico com o espiritual.
Isso nos permite deduzir que os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular são captados por meio dos chacras gástrico e esplênico, transformando-se em ectoplasma no interior do duplo etérico. Poderíamos chamar isso de "metabolismo do ectoplasma". Mas é bom lembrar: nas materializações ou nos fenômenos de efeitos físicos, não se usa diretamente o ectoplasma humano que exala do médium. É preciso combiná-la com outros dois tipos de fluidos (espirituais e da natureza) para obtermos o ectoplasma elaborado.
Localização – O ectoplasma seria substância originária no protoplasma* das usinas celulares. Está situado entre a corpo físico e o duplo etéreo, pode ser comparado à genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos, que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, à vontade do médium, que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica.
 Região de emissão – varia, mas, na maioria dos casos, o ectoplasma é liberado através dos principais orifícios do corpo do médium: boca, nariz, ouvidos etc., bem como os poros da pele.
Outros tipos de ectoplasma – se ele está relacionado com a matéria, ele deve também existir em outros seres vivos como nas plantas e animais. Mas, não deve ser igual em termos de complexidade como o dos seres humanos.
O ectoplasma não humano não é suficiente e nem adequado para a realização de fenômenos físicos e de materialização. Se fosse assim, haveria interferência direta dos desencarnados no mundo dos encarnados.
Existe a proposta de Hernani Guimarães da existência dos seguintes tipos de ectoplasma:
o   Ectomineroplasma: originário dos minerais;
o   Ectofitoplasma: extraído dos vegetais;
o   Ectozooplasma: produzido pelos animais, inclusive o home.
Em função da existência de tipos de ectoplasma, mineral, vegetal e animal, haverá qualidades diferentes de ectoplasma.
 O Ectoplasma mineral é o mais simples. O produzido pelas plantas, que se alimentam principalmente de material inorgânicos, ele se apresenta de modo relativamente mais complexo. O produzido pelos animais, que se alimentam de produtos minerais, vegetais e de outros animais, ele deve adquirir uma maior complexidade.
 Cordão de Prata – Na ocasião do desdobramento, a substância vital é liberada pelo cordão prateado refluindo do corpo vital. O cordão prateado pertence ao duplo etérico. Alguns médiuns relatam sua saída do ‘plexo solar’, outros da testa ou da raiz da nuca, diz-se, que depende da moral do Espírito encarnado.
Nos casos em que o duplo etérico se afasta do corpo, o cordão permite apenas alguns centímetros a metros de extensão no máximo. Mas, já com o perispírito, ele rompe os limites do corpo vital e libera-se para viagens mais longas, e o ectoplasma então retorna ao corpo via “cordão prateado”.
“(...) Observei atentamente o médium projetado ao nosso círculo de trabalho. Não envergava o costume azul e cinza de que se vestia no recinto, mas sim um roupão esbranquiçado e inteiriço que descia dos ombros até o solo, ocultando-lhe os pés, e dentro do qual se movia, deslizante.”
Antonio Castro não envergava o vestuário azul e cinza, ou seja, seu perispírito não exteriorizou com a roupa que estava, mas sim com uma roupa longa esbranquiçada ocultando os pés.
O que não podemos esquecer para compreender, é que plasmar minúcias consome muito ectoplasma do médium, e muitas das vezes, o médium não disporá, ou apenas pelo fato de não haver necessidade. Os objetos formados pelos espíritos estão subordinados à sua vontade ou sua necessidade. Mas, no caso, apenas faz referência a pouca experiência mental e plasmadora do médium.
Fato curioso, é que no desdobramento do sono é comum o encarnado desdobrar com a cópia de suas roupas, porém, é um ato instintivo, que ele nem percebe acontecer.
O que acontece é que o pensamento é uma força magnética que faz sofrer modificações nos fluidos, ou seja, ele modela eles a sua vontade. Assim, com a força inconsciente de seu pensamento, ele modela suas roupas com seus próprios fluidos e com o que capta do ambiente, como disse, instintivamente.
Um caso descrito na Revista Espírita de março de 1869 explicando como ocorre a produção de roupas ou de objetos por parte dos Espíritos:
“O Espírito do jovem apresentou-se em casa de sua mãe com o corpo fluídico. (...) Bastou-lhe pensar em sua roupa habitual, na que teria usado em circunstâncias comuns, para que esse pensamento produzisse ao seu perispírito as aparências dessa mesma roupa.”
“(...) As formas exteriores que revestem os Espíritos que se tornam visíveis são, pois, verdadeiras criações fluídicas, muitas vezes inconscientes. A roupa, os sinais particulares, os ferimentos, os defeitos físicos, os objetos que usa, são o reflexo de seu próprio pensamento no envoltório perispiritual.”
 “(...) Nosso irmão, com a ajuda de Clementino, está usando as forças ectoplásmicas que lhe são próprias, acrescidas com os recursos de cooperação do ambiente em que nos achamos (...).”
Esses fluidos são geralmente associados a outros como dos próprios companheiros da reunião ou do reino vegetal.
Nas materializações ou nos fenômenos de efeitos físicos, não se usa diretamente o ectoplasma humano que exala do médium, é preciso combiná-la com outros tipos de fluidos (espirituais e da natureza) para obtermos o ectoplasma elaborado para formação da matéria como nossos sentidos a percebem.
Essa menção feita pelo mentor, acerca de estar “acrescida”, nos faz entender a existência de outros tipos de ectoplasma além do originado pelo homem.
 “(...)Semelhantes energias transudam(saem) de nossa alma, conforme a densidade específica de nossa própria organização, (...)”
Quando o mentor faz referência “(...) conforme a densidade específica de nossa própria organização, variando desde a sublime fluidez da irradiação luminescente (...)”, ele está se referindo aos fluidos em geral que forma o corpo espiritual. Pois, a matéria do perispírito é segundo sua moral. Mais etérea, fluida e luminescente à medida que é moralmente elevado. Pois, segundo dizem os mentores da codificação, Espíritos puros não utilizam corpos fluídicos, pois eles não conservam nada das coisas terrenas, pra eles não tem utilidade.
Os espíritos ignorantes, inferiores e medianos, necessitam do seu corpo fluídico para sua jornada evolutiva, então ela se apresenta mais grosseira e sem viço nos espíritos ainda inferior e instintivo.
“(...) variando desde a sublime fluidez da irradiação luminescente até a substância pastosa com que se operam nas crisálidas os variados fenômenos de metamorfose(...)”
O mentor fez uma comparação entre nossa capacidade de exteriorizar o ectoplasma com as das lagartas. O fenômeno é o mesmo, mas nos animais está num nível muito primitivo. No ser humano é mais complexo, e atinge uma sublimidade que é diferente do reino animal.
Aqui vale fazer uma consideração da qualidade do ectoplasma quando somos tarefeiros. No livro desobsessão fala para reduzir carne, temperos picantes, álcool, porque esses elementos se incorporam em nossa fisiologia, em nossas energias ectoplásmicas que doamos nas reuniões mediúnicas, no passe, essa energia nervosa trará as impurezas dos nossos hábitos.
O fator qualidade é muito importante, ou melhor, é determinante a qualidade dos fluidos que iremos doar. Então ajudamos e somos bons instrumentos quando eliminamos certos hábitos alimentares, emocionais, mentais, que se imprime aos fluidos.
“(...) Castro é ainda um iniciante no serviço. Á medida que entesoure experiência, manejará possibilidades mentais avançadas, assumindo os aspectos que deseje,”
Castro estava em desdobramento consciente e é um médium iniciante, que teria que conquistar maior autocontrole para aprender administrar suas capacidades. Ele não tinha a capacidade de modelagem dos fluidos, ou seja, como inexperiente ele não sabe manejar o grande potencial mental no desdobramento. Porque ele desconhece em si e nem sabe que é possível; com o tempo, exercício e experiências ele vai saber, vai se descobrindo aos poucos.
“(...) considerando que o perispírito é constituído de elementos maleáveis, obedecendo ao comando do pensamento, seja nascido de nossa própria imaginação ou da imaginação de inteligências mais vigorosas que a nossa, mormente quando a nossa vontade se rende, irrefletida, à dominação de Espíritos tirânicos ou viciosos, encastelados na sombra.”
Tendo o pensamento a capacidade de moldar nossas vestes mesmo intuitivamente, também esse potencial pode ser utilizado pelos espíritos obsessores, se utilizando de nossos fluidos, de nossa própria capacidade de modelagem, através da hipnose ou sugestão mental, para nos enganar fazendo com que criemos imagens mentais, formas pensamentos, até a transformação do corpo espiritual.
Diz Kardec: “Basta ao Espírito  pensar  numa  coisa  para  que  tal coisa  se  produza”. Desta forma, tomando conhecimento de tal verdade, devemos fazer bom uso dos nossos pensamentos, pois eles são movimentados por energias cósmicas, fluidos etéreos, que, embora invisíveis aos nossos olhos, estão presentes onde as nossas forças físicas jamais  chegariam. Nosso pensamento é um raio  que  tanto  pode conduzir luz edificante como energias deletérias ou destruidoras.


Bibliografia:
1.      Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 11, André Luiz;
2.      Espírito, Perispírito e Alma, Hernani Guimarães Andrade;
3.      Um ‘fluido vital’ chamado ectoplasma, de Mathieu Tubino;
4.      Medicina da Alma, por Robson Pinheiro/Joseph Gleber;
5.      Perispírito – O que os espíritos disseram a respeito, de Geziel Andrade.

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