As Cinco
FASES DO TRANSE
MÉTODO
DAS 5 FASES DO TRANSE PARA O DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO
O
objetivo do método é formar médiuns conscientes do que se passa com eles para
se tornarem capazes de agir com segurança e competência em qualquer
circunstância. Devendo-se, então, auxiliar na sua eclosão, orientá-las,
ampliá-las, educá-las, etc., envolvendo providências e ações de natureza
intelectual, moral e técnica.
De
acordo com Edgard Armond não se deve forçar a eclosão de faculdades, porque
isto depende de amadurecimento espontâneo e oportuno, e o que se procura é
canalizar a corrente, discipliná-la para que haja mais harmonia no curso,
afastar obstáculos para que flua com mais desembaraço e rapidez.
Quando
faltam tais cuidados observamos médiuns obsidiados, fracassados, estagnados.
Assim,
ele criou o método de desenvolvimento prático de faculdades mediúnicas (PACEM),
observando que não existia nenhum sistema metódico e de caráter didático que,
na realidade, resolvesse as inúmeras dificuldades e sutilezas que tal problema
apresenta, dos pontos de vistas técnico e operacional.
O
método das cinco fases é utilizado a muitos anos pela Federação Espírita de São
Paulo e preenche todas as necessidades do desenvolvimento.
As
5 fases do desenvolvimento mediúnico são compostas e divididas da seguinte
maneira:
1ª
Fase - Percepção de fluidos: acionamento dos pontos de sensibilidade dos
participantes, através de jatos de fluidos que o Espírito encarregado dessa
fase projeta no ambiente;
2ª
Fase - Aproximação: percepção da aproximação dos Espíritos e reações
provocadas nos pontos sensíveis;
3ª
Fase - Contato: interpenetração
dos respectivos perispíritos do médium e do Espírito, com atuação nos centros
de força e plexos;
4ª
Fase - Envolvimento: alterações
na mente e no organismo físico do médium, propiciando reconhecer a natureza do
comunicante. Também é possível determinar o grau de consciência do médium
durante o transe;
5ª
Fase - Manifestação: comunicação
propriamente dita do Espírito, através do médium.
1ª fase - Percepção de fluidos
Nesta fase os instrutores
espirituais projetam jatos de fluidos sobre o médium provocando sensações
físicas. Os jatos fluídicos são lançados
a princípio sobre o ambiente.
Este é o primeiro passo
para estimular a capacidade de "sentir fluidos", avaliando-lhes e
permitindo ao médium determinar no seu próprio organismo os "pontos de
sensibilidade", segundo a categoria vibratória, entre o fino e o denso, o
leve e o pesado, entre o excitante e o sedativo.
Os tipos de fluidos
empregados nesta fase estão de acordo com a média da percepção dos presentes.
São fluidos mais densos e penetrantes para despertar a sensibilidade dos
iniciantes no campo da mediunidade. Se a sensibilidade for muito baixa,
utilizarão fluidos mais densos para que a atuação seja eficiente e se possa
definir a possível mediunidade.
Os objetivos para essa
projeção fluídica pelos mentores são:
a)
Visa
a reeducação da sensibilidade para o trabalho.
b)
Definição
das mediunidades.
c)
Para
que o médium aprenda a se defender de vibrações maléficas lançadas à distância.
Quando o jato de fluidos
lançados sobre o ambiente é percebido pelo candidato a médium, é porque:
• Agiu nos pontos certos;
• Fez a projeção de fluidos
de acordo com o grau de sensibilidade.
Aqueles que sentem as vibrações do plano
espiritual são sensíveis, podendo variar sua sensibilidade em maior ou menor
grau.
Quando não se sente a projeção de
fluidos:
Se nada sente com a projeção fluídica, é
porque não possui mediunidade em condições de ser desenvolvida, ou, a
sensibilidade poderá estar embotada por três fatores:
1º. Físico: há bloqueios por motivo de
vícios como do fumo, álcool, gula, sexo desajustado, drogas ou outros.
2º. Mental: de acordo com o seu sentir e
pensar como: medo, dúvidas, ansiedade ou insegurança etc.
3º. Espiritual: decorre do envolvimento
espiritual e o médium pode ficar com seu campo físico e mental sem qualquer
reação à projeção dos fluidos.
Para aqueles médiuns que apresentem
algum bloqueio, e para que possam perceber os fluidos, deve ele refletir, procurar
as causas e trabalhar para eliminá-las.
Muitos tem sensibilidade, mas dentro de
uma determinada escala, que pode ser mínima, que o torna sensível, mas não num
ponto que a sua sensibilidade venha a desenvolver faculdades mediúnicas.
Percepção
de Fluidos
Estamos
mergulhados em uma atmosfera fluídica que deriva do FCU. Nós absorvemos esses fluídos ou energias que
são automaticamente metabolizadas dando-lhes características particulares. Nossa
mente forma uma atmosfera psíquica moldados pelos nossos pensamentos. Cada um
de nós vive nessa atmosfera psíquica que cria e recebe na proporção exata do
que tenha semeado.
Essa
ação se subordina à Lei de Afinidade segundo à qual os semelhantes se atraem,
os contrários se repudiam.
Tipos
de Fluidos
Há
três campos de fluidos distintos que devem ser considerados, a saber:
1.
campos
de fluidos pesados (baixo teor vibratório);
2.
campos
de fluidos finos (grande teor vibratório);
3.
campos
de fluidos purificados (alto teor vibratório dinâmico e potencial).
Campos
de Fluidos Pesados
Nos
mundos inferiores como a Terra, esse tipo de fluido é o mais ativo e
movimentado. Isso porque o ser humano de pouca evolução possui um metabolismo
espiritual de baixa condição:
×
perispírito
denso, escurecido por condensado fluídicos altamente negativos;
×
atividade
mental restrita e rudimentar, com grande margem para a produção inconsciente e
instintiva;
×
corpo
etéreo espesso, com predominância de coloração cinza, vermelho-escuro etc.;
×
chacras
quase sem brilho, com atividade reduzida no coronário e no cardíaco, que são
ligações com o Plano Espiritual Superior.
Essa
descrição revela indivíduos de vibrações baixas, fluidos inferiores, elementos
nada favoráveis a si mesmos e aos seus semelhantes.
As
emissões transferidas ou irradiadas por seres nessas condições íntimas e,
quando transferidas a outros, produzirão efeitos também correspondentes:
pesados, angustiosos, violentos, opressivos, constringentes, e suas vibrações
íntimas, da mesma forma, serão de baixo teor e qualidade.
Naturalmente
entre seres de condição inferior, as permutas recíprocas e normais, são de
fluidos e vibrações inferiores.
Campos
de Fluidos Finos
Esse
tipo de fluido é emitido por entidades de maior elevação moral, já libertadas
das reencarnações nos planos baixos. São seres de atividade consciente e início
da superconsciente; perispírito em colorações positivas: amarelo, rosa, azul,
verde.
As
emissões fluídicas dessas entidades são benéficas: calmantes, confortantes,
curadores; vibrações poderosas, dinâmicas, vitalizadoras.
Esse
tipo de fluido penetra facilmente nos ambientes baixos, produzindo alterações
benéficas nos corpos orgânicos, conquanto atuem rigorosamente dentro das
limitações cármicas.
Campos
de Fluidos Purificados
Esses
fluidos são próprios de Espíritos superiores e de ocorrência muito mais
restrita; somente em circunstâncias especiais e por critério dos agentes de
hierarquia maior, é que ocorrem.
Esses
fluidos não encontram resistência na matéria densa e produzem nela alterações
anatômicas ou fisiológicas que forem necessárias, ainda mesmo havendo
impedimentos cármicos que, em alguns casos, mesmo não arredando ou infringindo
a lei, podem ser efetivados.
Jesus
operou curas dessa espécie, e outros missionários que habitam a Terra em
diferentes épocas também o fizeram. Elas independem de intermediários humanos,
porque as entidades superiores têm, em si mesmas, poderes suficientes e ampla
liberdade para agir como for mais conveniente.
2ª
Fase – Aproximação
Nessa fase, não há atuação
direta do guia sobre o participante. Ele simplesmente se aproxima e o
participante esforça-se para reconhecê-lo pelas suas características fluídicas.
Na vida diária inúmeros
encarnados e desencarnados aproximam-se de médiuns: amigos, inimigos,
conhecidos, desconhecidos, sofredores, obsessores, credores, mistificadores
etc.
O exercício dessa
capacidade dotará o médium de recursos eficientes para, nas relações humanas
fora do centro, evitar a influência de pessoas negativas, hostis, que possam
absorver-lhe fluidos vitais importantes.
Somente se
fazem presentes os espíritos destinados a cooperar, pois o Plano Espiritual
regula e disciplina estas aproximações.
O Instrutor Espiritual que
na primeira fase lançava sobre o médium um jato de fluido, para verificar e
medir sua sensibilidade, agora dele se aproxima para fazer-se sentido.
Para afinar a percepção, o
guia pode movimentar-se ao redor do médium, como coloca-se à frente, às costas,
caminha de um lado ao outro. Durante a condução dos exercícios, os
colaboradores da sala também não devem circular pelo ambiente, para que os
participantes não se confundam com os movimentos e as emanações dos encarnados.
Essa fase é mais difícil
que a primeira, porque o guia não exerce nenhuma ação direta sobre o médium,
mas cabe-lhe o esforço de reconhecê-lo fluidicamente, pela irradiação natural. Portanto,
o guia mediúnico não tocará no médium, nem lhe passará orientações ou conselhos
mentalmente e, muito menos, haverá comunicações.
O objetivo
desta fase é aumentar a capacidade de defesa própria às aproximações
maléficas que determinarão influenciações doentias e que absorvem fluidos
vitais preciosos.
Os médiuns experientes e
acostumados a dar passividade que estiverem presentes na sala devem se limitar
aos exercícios da fase, a fim de aguçarem o autocontrole.
Os comentários devem ser
reservados para o momento final do encontro, com breves descansos entre um
exercício e outro.
A pessoa pode sentir nessa
fase sensações físicas e de intensidade diferente para cada um. As sensações
mais frequentes são:
• Perfume;
• Calor;
• Luzes, clarões;
• Sombra;
• Movimentação ao redor;
• Forte presença.
3ª
Fase - Contato
O contato é a fase em que o guia
mediúnico atua mais diretamente sobre o médium, estabelecendo-se entre eles uma
interpenetração áurica ou contato com o perispírito do médium de forma a serem
realmente sentidos, agindo indiretamente sobre os Centros de Forças (*) ou
diretamente sobre os Plexos (**) do corpo denso ou nos seus Pontos de
Sensibilidade (***).
Quando solicitado pelo dirigente
encarnado, o guia mediúnico promove uma ligação áurica com o médium, fazendo-se
perceber com maior intensidade.
Nesta fase, o médium vai adquirir
autocontrole pelo conhecimento deste processo que lhe permite defender-se na
vida diária. Os Operadores Espirituais estabeleceram contato:
1) Nos pontos de sensibilidade já estudados
por eles, com mais intensidade.
2) Nos centros de força — indiretamente sobre os centros de força,
localizados no perispírito - causando uma impressão momentânea de estar
entrando em transe;
3) Nos plexos (corpo físico) o médium poderá sentir repuxamentos,
tremores, na área enervada pelos nervos referentes àquele plexo.
(*) Centros de Força: são receptores e transmissores de energia cósmica e
espiritual (estações energéticas), alimentadoras do metabolismo perispiritual e
distribuidoras dessas energias vindas do centro — ESPÍRITO, COMO DA
PERIFERIA — CORPO FÍSICO, uma vez que o perispírito é o elo de ligação
entre essas zonas energéticas. No homem comum os centros de força se apresentam
como um círculo de mais ou menos 5 cm de diâmetro, quase sem brilho. No homem
espiritual é luminoso e refulgente. Outros nomes: rodas energéticas, chacras.
Na encarnação, ligam-se aos plexos do corpo.
(**) Plexos são conjuntos e aglomerados de nervos do sistema
nervoso vago-simpático, regulador da vida vegetativa do corpo físico.
(***) Pontos de Sensibilidade: são locais do corpo físico onde o médium tem maior
sensibilidade. Ex.: cabeça, mãos, braços.
Na fase do envolvimento, os
sintomas ocorrem no campo mental. Alguns sintomas físicos do contato ficam mais
bem caracterizados e revelam o tipo de mediunidade, como psicofonia,
psicografia, etc.
O médium tanto pode perceber que
os sintomas já conhecidos tornam-se mais acentuados, como identificar novas
sensações.
Essa fase é mais fácil de ser
percebida, porque não há necessidade de se esforçar para atrair o guia e sentir
as impressões. O guia mediúnico age diretamente sobre o médium.
Quando tiver dúvidas, o médium
pode pedir uma confirmação mental. Ao solicitá-la, o guia fará com que a
sensação aumente, ou promoverá descargas fluídicas que repercutirão em outros
sintomas mais nítidos, dando-lhe maior certeza sobre o que sente. Se não
obtiver resposta, poderá concluir que era fruto de seu próprio subconsciente,
porque este não tem possibilidades de projetar ondas ou raios fluídicos.
Ainda não há Espíritos
selecionados para a comunicação, porque a atuação espiritual sobre o
perispírito do médium ainda é superficial e nem atingiu o seu campo mental.
No contato, as
sensações ainda são físicas, a pessoa pode sentir sensações mais intensas e
nítidas que nas fases anteriores. As mais frequentes são:
•
Impressões visuais não nítidas ou desfocadas, contornos;
•
Dilatação da audição, estampido no ouvido, sensação no alto da cabeça;
•
Formigamento ou choques nos braços, correndo dos ombros até as mãos;
• Bolo
na garganta;
•
Vazio no estômago;
•
Impressão de expelir algo;
•
Crescimento ou inchaço do corpo, causado pela expansão perispiritual, fenômeno
conhecido como ballonnement;
•
Distanciamento do corpo;
• Toques.
4ª
Fase - Envolvimento
O Instrutor Espiritual por
si mesmo ou através de uma terceira entidade poderá assenhorear-se
primeiramente da mente do médium envolvendo em seguida, caso possível, o seu perispírito ativando o centro de força
coronário, o que lhe intensifica os sintomas presentes desde a fase do contato.
Por exemplo: certa pressão na garganta, região do centro de força laríngeo,
evolui para uma alteração do aparelho fonador, com certo adormecimento da
língua e dos lábios.
Quanto mais intenso e
integral for o envolvimento, maior será o grau de inconsciência do transe. É nessa fase que se configura o grau de
consciência cerebral, conforme a maior ou menor exteriorização de seu
perispírito: consciente, semiconsciente ou inconsciente.
Nos casos de mediunidade
consciente ou semiconsciente (também) o envolvimento é mental que pode ser
feito em presença ou à distância. Nestes casos a ação dos agentes espirituais é
mais rápida, mais imediata e mais fácil, podendo prontamente transmitir
mensagens, instruções de trabalho, advertências, inspirações, atitudes a tomar
em casos urgentes etc.
Um dos obstáculos que o
médium coloca é o bloqueio mental e/ou sentimental (medo, insegurança, dúvida
etc.), que levam a não perceber ou sentir o envolvimento.
Ao sentir envolvimento
através da mente ou ideias tem facilidade para a telepatia; pelo perispírito,
mediunidade psicofônica, psicografia que poderá ser mecânica ou semi-mecânica,
pois o Espírito usará a fonação, braços ou mãos dos médiuns.
O controle do médium depende
da intenção do Espírito. Se há propósitos elevados, o médium pode permitir
maior liberdade ao comunicante, usufruindo da mensagem (caso de mensagens dos
benfeitores). Se os propósitos são suspeitos como carregados de raiva, revolta,
cobranças, desafios ou
demonstração de poder, o médium ficará em constante alerta para cercear-lhe a ação,
contendo seus impulsos e vocabulário.
O médium irá conseguir
identificar a natureza do comunicante por meio de seu campo mental pelas
sensações provocadas pelo contato com a mente do espírito (mente a mente), para
assim exercer controle sobre a comunicação.
Na fase do envolvimento é
possível evitar uma comunicação quando não for conveniente. Desconhecedores
desse fato, médiuns em desequilíbrio e sem educação mediúnica deixam-se
facilmente envolver por assédios espirituais em qualquer hora ou lugar, muitas
vezes fora do centro espírita.
O médium não perde o controle,
nem da razão, nem do corpo.
O exercício persistente e cuidadoso através das fases é que desenvolve o
autocontrole. A atuação espiritual é limitada,
temporária e somente ocorre sob determinadas condições vibratórias e fluídicas. O
médium é sempre responsável pela boa ordem do desempenho mediúnico, mesmo na
forma inconsciente.
É a partir da fase
do envolvimento que é possível identificar quem tem mediunidade ostensiva e
quem a possui de forma generalizada. Pois, mesmo revelando alguns sintomas
físicos nas fases anteriores, várias pessoas não evoluem para a interferência
mental.
As sensações mais
frequentes são:
• Distanciamento do corpo;
• Pulsação e respiração
aceleradas;
• Interferência mental, com
desligamento do centro de volição individual (vontade);
• Súbita alteração de
vontade, prevalecendo um pensamento diferente;
• Percepção mental da
situação do Espírito, suas sensações, sentimentos ou emoções;
• Sobreposição da vibração
perispiritual do Espírito, adequando-se à do médium e estabelecendo uma
sintonia com todo o seu organismo.
Alguns participantes, mesmo
assíduos, dedicados e entusiasmados, não acusam sintomas ou evolução nos
exercícios, o que é perfeitamente compreensível. Longe de ser esta uma
deficiência ou desvantagem, os não médiuns são de grande utilidade nas reuniões
mediúnicas, como parte da sustentação, como esclarecedor ou dirigente, quando
para elas preparados.
Se o participante não sente
nada, manter a concentração e prestar atenção em tudo ao seu redor, para que a
sustentação do ambiente não diminua. Como importante elemento de sustentação,
deve manter-se ativo e vibrando pelos médiuns, pelos colaboradores encarnados,
pelos Espíritos presentes. A sua atenção deve limitar-se à sala, sem desviar o
pensamento para assuntos externos, distrair-se com barulhos ou ansiar que a
hora passe rápido para se desincumbir da reunião. Mesmo não sentindo nada, os
pensamentos e sentimentos emitidos influem no ambiente. É nisso que consiste a
educação dos médiuns generalizados.
5ª FASE
– MANIFESTAÇÃO
Com a manifestação do guia
mediúnico, completam-se as fases do transe mediúnico, mas não o programa do treinamento
proposto pelo método. Esta fase só deve ser efetivada após o treinamento
intenso das quatro anteriores, detendo-se nela maior período, porque no início
pode haver interferências do subconsciente do médium e de suas emoções.
Para ocorrer a manifestação
é necessária a presença do:
1) Espírito desencarnado (entidade): emissor da mensagem.
2) Espírito encarnado (médium): receptor da
mensagem.
Dá-se a chamada sintonia afinada: o primeiro emite pensamento em
direção ao segundo (vontade-apelo) solicitando a comunicação; o segundo emite
seu pensamento em direção ao primeiro, aceitando a comunicação
(vontade-resposta) André Luiz – Mecanismos da Mediunidade — Cap.VI; a união
dessas correntes mentais chama-se Circuito Mediúnico. O
Instrutor que tem maior
elevação moral que o médium abaixa um pouco seu padrão vibratório, porém o
médium também precisa elevar o seu, a fim de alcançar o do mentor. Nos casos de
entidades com padrão inferior ao médium não é o médium que abaixa seu padrão,
pois isso ele nunca deve fazê-lo, mas sim os Benfeitores Espirituais que elevam
o padrão das entidades para alcançarem o do médium para a comunicação se
realizar. Convém lembrar que o médium pode causar bloqueios à comunicação
através de sentimentos como: medo, insegurança, falta de fé, falta de preparo
adequado, falta de confiança, invigilância etc. A Reforma Íntima e o Estudo da
mediunidade evitam os bloqueios e fortalecem os médiuns.
CIRCUITO
MEDIÚNICO
O circuito
mediúnico se estabelece do Espírito para o médium e do médium para o Espírito
através da sintonia e por afinidade, projetando o Espírito seus pensamentos em
forma de ondas magnéticas, sonoras e coloridas. As ideias em forma de
ondulações são recebidas pelo médium, interpretadas, ampliadas, trabalhadas e
retransmitidas através do cérebro físico, sistema nervoso, órgão da palavra
(comunicação oral), braço e mão (comunicação escrita).
A união das
correntes mentais chama-se Circuito Mediúnico. Ex.: a lâmpada acionando o
interruptor acende-se porque a fiação que leva a corrente elétrica está em
perfeito estado. Na mediunidade o perfeito estado caracteriza-se pela vontade
das duas partes. Se houver um fio partido a lâmpada não acenderá. Se não houver
o estabelecimento do Circuito Mediúnico a comunicação não acontecerá. O médium,
em seu perfeito estado físico e moral, através da vontade, poderá receber
comunicações: do Plano Espiritual e também de Espíritos de encarnados em
desdobramento.
Bibliografia:
1. Desenvolvimento Mediúnico, Edgard
Armond;
2. Orientação Mediúnica, Therezinha de
Oliveira e Teddy Nilson.
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